BREVE HISTÓRICO DO FUTEBOL EM MATÃO DE 1940 A 2015
Na década de quarenta, os principais times de futebol de Matão eram o “Clube Atlético Santa Cruz”, cujo símbolo de guerra era um galo e o “Associação Esportiva Capitão Padilha”, sendo o seu símbolo um leão.
Foram jogadores do “Clube Atlético Santa Cruz”: José Enge, Alemão Bottesini (Izidoro Adail Bottesini), Bacalhau (Juvenal dos Santos), Ari Ferreira, Franque, Marcelo, Marinho, Rubião (Roberto Mastropietro), Moacir Caolho, Moio (Wilson Bertachini), João Carlos, Borelli, Geraldo Pereira, Palamede Cavichioli, além de outros.
Foram jogadores do “Associação Esportiva Capitão Padilha”: Leonildo; Biba, Miranda, Bonga, Tales da Costa, Ivan Costa, Arthur Ribeiro, Milton, Xenxo, Quem-quem, Serginho Silveira Leite, Ermete Rossi, Sinésio, Isauro Ribeiro, Baiano Ribeiro, Durval Ribeiro, entre outros.
No dia 13 de junho de 1940, os times “o “Clube Atlético Santa Cruz” e o “Associação Esportiva Capitão Padilha”, inauguraram o “Estádio Doutor Hudson Buck Ferreira”, com capacidade para três mil pessoas, resultando esse jogo em um empate de um a um.
No Primeiro Campeonato Regional de Matão, com a participação de todas as equipes matonenses, sagrou-se campeã o “São Lourenço Atlético Clube”, agremiação fundada em 10 de agosto de 1944, vencendo, na final do campeonato a equipe do “Esporte Clube Congregação Mariana”, pela contagem de dois tentos a zero.
A partida final foi realizada em Matão, no dia 27 de setembro de 1953, às 16 horas, no “Estádio Doutor Hudson Buck Ferreira”, com arbitragem do Doutor Lívio Malzoni, da Capital Paulista.
O “São Lourenço Atlético Clube”, tendo como técnico Luizinho Pereira, atuou com a seguinte escalação: Goleiro: Bifa (Vladir Benassi); Zagueiros: Og Moreira e Bonga; Meio Campistas: Biba, Tales da Costa e Bicaria (Wilson Gimenes); Atacantes: Moio (Wilson Bertachini) – ponta direita, Alemão Bottesini (Izidoro Adail Bottesini) – meia direita, Rubião (Roberto Mastropietro) – centro avante, Xirito – meia esquerda e Pedro Bala (Jarbas Miguel Tortorello) – ponta esquerda.

São Lourenço Atlético Clube Campeão no ano de 1952
São vistos na fotografia: Em pé: Romualdo Bottura (conselheiro), Luiz Pereira (técnico) Bifa (goleiro), Bonga (central), Tales (primeiro volante), Biba (segundo volante); Bicaria (lateral esquerdo), Og Moreira (lateral direito), Jorge Kfouri (presidente), Dr. Lívio Malzoni (arbitro); Agachados: Barrinha (massagista); Moio (ponta direita), Rubião (centroavante), Alemão Bottesini (meia direita), Xirito (meia esquerda) e Pedro Bala (ponta esquerda).
O “Esporte Clube Congregação Mariana”, sob as direções de José Enge, Ernesto Masselani e Padre Nelson Romão, teve a seguinte formação: Goleiro: Darci Marchezi; Zagueiros: Ernesto Enge e Geraldo Pereira; Meio Campistas: Vicente Bordignon, Creche (Dall’ Acqua) e Bacalhau (Juvenal dos Santos); Atacantes: Fiondi (Florivaldo Rossi) – ponta direita, Arthur Ribeiro – meia direita, Elvio Burini – centro avante, Ulisses – meia esquerda e Chencho – ponta esquerda.
Marcaram os gols: Pedro Bala, aos 20 segundos de jogo; Xirito, aos 38 minutos, ambos no primeiro tempo.
Foi expulso do campo por jogada violenta o centro avante Elvio Burini, do “Esporte Clube Congregação Mariana”.
Essa partida foi assistida por quase toda a população matonense, sendo que, no final, houve inúmeras brigas entre os torcedores, além de um grande churrasco feito pelos vencedores em chácara localizada nas proximidades da estação ferroviária.
As desavenças continuaram, em todos os cantos da cidade, com duração de algumas semanas, mas, aos poucos, houve uma trégua nesses desentendimentos, culminando depois de várias reuniões dos dirigentes com a fusão dessas duas equipes, dando origem ao “Clube Atlético Matonense – CAM”, que sagrou-se campeão regional estadual nos anos de 1954 e 1955, vencendo as principais partidas, tendo como adversários os fortes esquadrões do: “Jaboticabal Atlético Clube”, “Catanduvense Esporte Clube”, “Novo Horizontino Futebol Clube”, “Rio Preto Esporte Clube”, “Esporte Clube Santa Adélia”, “Ariranha Futebol Clube”, “Clube Atlético Taquaritinga”, “Oeste Futebol Clube” de Itápolis, “América Futebol Clube” de São José do Rio Preto, entre outros clubes.
A partir dos anos seguintes, ressurgiram as equipes do “CAM” e do “São Lourenço”, disputando centenas de partidas dentro e fora de Matão, em caráter amistoso ou em campeonatos, surgindo os craques como: Baiano(Carmo David), Vitoriano, Antonio Tatá, Paulinho Tatá, Tião Tatá, Vale (Percival de Souza), Túlio (Dorvali Geraldo), Enéas Chiozzini, Tufic Abi Rachid, Pelé (Antonio Marcelino dos Santos), Orlandinho Ruocco, Carlinhos Ragazzi, Estação (Antonio Aparecido Longuini), Paulo César Álvares, Dorival Vezzani(Perrídio),Paulo Moretto, Geraldo De Fábio, Ademar Gonçalves(Cabelo), os irmãos Paulo e Everaldo Angelini, tc.

Clube Atlético Matonense Campeão de 1954.
São vistos na fotografia: Em pé: Barrinha (massagista), Romulo Biava (técnico), Paulo Sérgio Alvares (lateral direito), Geraldo Pereira (central), José Enge (goleiro), Artur Ribeiro (volante), Bacalhau (lateral esquerdo), Tales (volante), Urutu (lateral esquerdo) e Og Moreira (lateral direito), Agachados: Pelacio (centroavante), Alemão Bottesini (volante), Rubião (armador), Moio (meia direita); Sinésio (lateral esquerdo), Pedro Bala (ponta esquerda), Fionde (centroavante), Edgar Lombardi (bandeirinha).

Clube Atlético Matonense Campeão de 1955.
São vistos na fotografia: Em pé: Bonga (central), Og Moreira (lateral direito), Artur Ribeiro (volante), José Enge (goleiro), Tales (volante), Paulo Sérgio Alvares (lateral direito) e Rômulo Biava (técnico). Agachados: Fionde (ponta direita), Alemão Bottesini (meia direita), Pelacio (centroavante), Moio (meia direita), Pedro Bala(Jarbas Miguel Tortorello, (ponta esquerda).
Na década de sessenta e seguintes, a cidade de Matão passou a ser representada pela forte equipe do “Esporte Clube Bambozzi” que tinha como base a seguinte formação: Goleiros: Bertinho e Poca (José Gilmar); Juninho (Duvílio Cavicchioli Junior), Mauro Domingos, Vandão Belintani, Zé Ferreira, Luque, Mocóca, Marião Artimonte , Vado, Geraldão, Galhardo, Pelé (Antonio Marcelino dos Santos), Oscar de Moraes, Chicão, Milão, Bibão, Zezinho Domingos, Supuca e outros craques.

Sociedade Esportiva Bambozzi Campeão de 1975.
A “Sociedade Esportiva Bambozzi”, agremiação da cidade de Matão-(SP), foi fundada na década de setenta, sendo prestigiada pela família Bambozzi com a criação de um time de futebol com o nome da empresa.
Em 1975, a “Sociedade Esportiva Bambozzi”, sagrou-se campeã regional, transformando-se na equipe base para a formação da “Sociedade Esportiva Matonense” (SEMA), fundada em maio de 1976, equipe que conquistou o campeonato amador do Estado e garantiu o direito de disputar a então Segunda Divisão, passando do amadorismo para o profissionalismo.
Um grupo de esportistas realizou uma reunião no Sindicato dos Metalúrgicos de Matão, no dia 24 de maio de 1976, decidindo fundar a “Sociedade Esportiva Matonense – SEMA”, garantindo dessa forma à cidade uma competição profissional, elegendo-se presidente o empresário Horácio Caíres, possuindo o azul e o branco como cores oficiais, como mascote uma águia azul.
Com o município representava uma competição organizada pela Federação Paulista de Futebol, a Prefeitura Municipal cedeu o Estádio Municipal Doutor Hudson Buck Ferreira para as partidas do clube como mandante.
Depois de algum tempo, a “Sociedade Esportiva Matonense-SEMA” sagrou-se campeã da Terceira Divisão do Campeonato Paulista de 1987 e ganhou o direito de disputar a Segunda Divisão em 1988. Ao manter-se entre as melhores equipes da competição, o time de Matão foi vice-campeão do Grupo E da competição paulista e disputou a Divisão Intermediária em 1991.
Em 1994, o clube assumiu oficialmente o Estádio Hudson Buck Ferreira, cedido pela Prefeitura em comodato pelo prazo de 30 anos, ampliando a capacidade para 15 mil lugares. A partir daí, a Matonense iniciou um período de conquistas: campeã da Série B1, em 1995; campeã da Série A3, em 1996, e subiu para a Série A2, em 1997, ano no qual foi também campeã e conquistou o direito de integrar a elite do futebol paulista.
Após a boa sequência, a Matonense começou uma fase de quedas. Em 2001, ficou na 13º posição da Série A1 do Campeonato Paulista e foi rebaixada para a Série A2. Dois anos depois, veio o rebaixamento para a Série A3, quando ficou na última posição do Grupo 02. Já em 2006, o clube novamente ficou entre as últimas equipes e foi parar na Segunda Divisão do Campeonato Paulista.
No ano de 2013, a Matonense conquistou, pela segunda vez, o título da Série B do Campeonato Paulista. Com a melhor campanha desde as primeiras fases do campeonato, a Matonense chegou a final contra o time da Água Santa, de Diadema; porém, a equipe de Matão foi goleada no ABC paulista por 5x2, forçando a conquistar uma vitória expressiva, por mais de 3 gols de diferença. E, num jogo histórico, a Matonense fez 4x0 e garantiu o bicampeonato da série B, depois de 18 anos.
Em 2014, a Matonense jogou na Série A-3, que equivale à terceira divisão do Campeonato Paulista, conseguindo se classificar para jogar Série A-2 no ano de 2015, onde também participam grande equipes do futebol paulista: Ferroviária de Araraquara; Independente de Limeira; Oeste de Itápolis; Novorizontino de Novo Horizonte; Água Santa de Diadema; Mirassol; Associação Desportiva de São Caetano do Sul; Guarani, de Campinas; União Barbarense, de São Barbara d’ Oeste; Santo André; Paulista de Jundiaí; Rio Branco de Americana; Monte Azul Paulista; Atlético de Sorocaba; Velo Clube de Rio Claro; Batatais; Comercial de Ribeirão Preto, Catanduvense de Catanduva e Guaratinguetá.
JARBAS MIGUEL TORTORELLO