A CARNEIRA DO CHAPÉU

06/09/2017 17:12

 

O farmacêutico, apesar do longo tempo em sua profissão, sofria de hipocondria.

Imaginava doença em seu corpo, quando na realidade, nada sofria.

Um “seu amigo”, tendo conhecimento desse mal, aprontou uma brincadeira com ele.

Aproveitou a oportunidade em que ele foi cortar o cabelo na barbearia, que era vizinha a sua farmácia.

Como ele tinha colocado o seu chapéu dependurado no cabide da parede, apanhou-o sem que o seu dono percebesse.

A carneira é a parte interna do chapéu visando dar mais comodidade à cabeça.

Com o chapéu do farmacêutico na mão, o “seu amigo”, colocou jornal dobrado na carneira.

Evidente que quando farmacêutico foi colocar o chapéu em sua cabeça, o mesmo não servia mais, tendo em vista o jornal dobrado que ali foi colocado.

O “seu amigo”, vendo que o chapéu não se ajustava mais em sua cabeça, perguntou-lhe qual era o motivo que a sua cabeça estava inchada.

O hipocondríaco achando que a sua cabeça estava mesmo inchada, tratou de procurar um médico para saber o motivo do inchaço, mas não encontrando nem um problema que desse motivo à tumefação.

O médico quis examinar também o chapéu notando que no interior da carneira alguém colocou ali jornal dobrado, que logo foi retirado dali.

O chapéu, então, voltou a sua normalidade servindo perfeitamente na cabeça do farmacêutico.

Tudo não passou de uma brincadeira de mau gosto feito pelo “seu amigo”, com a finalidade de deixar o farmacêutico hipocondríaco bastante preocupado.

 

JARBAS MIGUEL TORTORELLO