AS FREIRAS DE ARAQUE
Era funcionário graduado de um banco, sendo que a cada dois meses visitava os seus pais que residiam no sul do Estado de Minas Gerais.
Praticava também uma religião cristã, sendo o pastor de suas ovelhas.
As suas pregações no templo deixavam todos os fieís muito interessados.
Pregava sempre ações boas, dirigidas para o bem, motivo pelo qual era bem visto pelos seus irmãos religiosos.
Em um certo sábado, aproveitando o feriado de segunda-feira, foi até a cidade mineira de Passos, em visita aos seus pais.

Nessa viagem parou em um restaurante existente às margens da rodovia, sendo que alguns quilômetros, antes deu carona a duas freiras, que vestiam longos hábitos, véus pretos, usando toucas brancas, sendo que os cabelos coloridos cobriam parte dos seus rostos.
Mas, ao retornar em seu veículo notou que as freiras calçavam sapatões rústicos masculinos e não calçados próprios de suas profissões.
Ficavam sempre orando em uma linguagem diferente, dificultando uma conversação com elas.
O funcionário desconfiando que elas não eram freiras e, sim, assaltantes, tratou de telefonar do restaurante para a polícia daquela localidade.
Daí a instante, apareceu ali uma viatura policial com três soldados, prendendo as freiras de araque.
O bancário sentiu-se reconfortado, uma vez que se livrou de um ardil preparado por dois bandidos, que se faziam passar por freiras para praticar assaltos naquela região.
Presos os bandidos, o bancário continuou sua viagem em visita aos seus pais.
JARBAS MIGUEL TORTORELLO