AS MILAGROSAS MIÇANGAS DE OURO
A família humilde e pobre, composta da viúva e três filhos, morava em um bairro pobre da cidade, sendo o aluguel pago com a pensão deixada pelo marido.
Dos filhos, o mais velho, chamado José, contava com catorze anos de idade, enquanto que o mais novo naquela semana tinha completado doze anos.
José, nos fundos do pequeno quintal da casa alugada, plantou uma pequena árvore, conhecida popularmente por “capim-miçanga”, cujo fruto, quando seco, era utilizado para fazer pulseiras infantis.

A plantinha, como era bem tratada, começou a produzir frutos duros e dourados que, colhidos os primeiros e levados a uma ourivesaria da cidade vizinha, foi informado que as contas eram de ouro puro.
José, calmamente, foi colhendo as contas de ouro, negociando-as, em seguida, com os compradores de ouro daquela região, passando ser considerado pela população como um próspero comerciante.
Com o produto apurado nas vendas das continhas, o jovem adquiriu uma casa na cidade, ficando a família livre de pagar aluguel, mantendo ainda uma conta de poupança em um banco.
José cometeu um equívoco ao procurar replantar a arvorezinha no terreno da casa que adquirira, descobrindo que as contas agora produzidas, não eram mais de ouro, mas simplesmente miçangas que somente serviam para a feitura de colares.