ATOS FALHOS

10/10/2016 12:30

 

Sigmund Freud (leia-se Fróide) foi um judeu-austríaco, fundador no século XIX, da ciência chamada Psicanálise, que expande as suas teses sobre o inconsciente para que venha a tona comportamentos do cotidiano.

Seu objetivo vem a ser o fato de mostrar como o inconsciente aparece em erros e falhas cotidianas, os chamados atos falhos.

O termo é utilizado para marcar erros de linguagem (escrita, fala, leitura), erros de memória (esquecimentos) e erros no comportamento do dia a dia (tropeçar, cair, quebrar, etc.), que são formações de compromisso entre o inconsciente e o consciente.

 

Esses erros não são apenas erros na acepção da palavra, falhas sem significado.

Freud em seu livro A Psicopatologia da Vida Cotidiana, estudou três tipos de atos falhos:

Primeiro: Atos falhos na linguagem (fala, escrita e leitura), como um erro na fala que se, investigarmos, encontraremos um significado inconsciente para ela.

Segundo: Atos falhos no esquecimento (falha na memória), que podemos exemplificar no esquecimento de ligar o telefone para alguém e se formos investigar concluiremos como se o interessado não queria realmente fazer a ligação.

Terceiro: Atos falhos no comportamento (cair, quebrar, tropeçar, etc.), de um modo geral, perturbações do controle motor. Como exemplo podemos citar o fato de a pessoa não se lembrar de enviar um email.  

 Os atos falhos são entendidos por muitas pessoas como falta de atenção, cansaço ou eventualidade.

A teoria explica que através do ato falho o desejo do inconsciente é realizado e, dessa forma, nenhum gesto pensamento ou palavra de uma pessoa acontece acidentalmente.

O fato de uma pessoa visitar uma amiga e, ali, esquecer os seus óculos, significa que ela gostou da visita feita, pretendendo ali voltar, não só para recuperar o objeto esquecido, mas também viver novamente os momentos de alegria.

Nesse caso, evidentemente, com o esquecimento do objeto, não deixaria de caracterizar no campo da psicanálise um ato falho.

 

JARBAS MIGUEL TORTORELLO