O AMOR, O CÉREBRO E O CORAÇÃO
O sentimento de amor, no antigo entendimento, estaria centrado no coração.
Era comum, mas até hoje persiste esse entendimento no sentido de que o coração seria responsável pelo amor, ternura e paixão.
Esse juízo estaria arraigado no espírito popular de todos os povos do mundo.
Mas, graças à ciência moderna já sabemos que o amor tem sua moradia no cérebro e não no coração.
Nas religiões ainda é comum em suas manifestações de fé colocar o coração como sendo o órgão humano do sentimento do amor.
Nas estampas propagadas pelas religiões, o coração é colocado como o centro motor do sentimento do amor.
Mas, na realidade, segundo os estudos científicos mais modernos, o amor tem seu domicílio no cérebro e não no coração.
O amor e o desejo movimentam áreas específicas, relacionadas com o cérebro.
Duas estruturas cerebrais – a insula e o estriado – são responsáveis pelo acompanhamento da progressão, tanto do desejo, quanto do amor.
A insula estaria colocada no centro do cérebro, praticamente dividindo-o em duas partes, enquanto que o estriado estaria bem perto na parte frontal do órgão em uma região conhecida como prosencéfalo.
O amor e o desejo ativam áreas diferentes do cérebro no entender dos estudos feitos a esse respeito.
Assim, quando uma pessoa está possuída pela paixão, o cérebro é que se apaixona, enquanto que o coração entende o recado, mas ambos sempre caminham juntos, de mãos dadas.
Mas, como dizer à pessoa amada que a ama no fundo do cérebro e não no fundo do coração.
Difícil, não? Dificílimo diríamos nós, com toda razão e propriedade.
JARBAS MIGUEL TORTORELLO