O BOTÃO DO PIJAMA

15/05/2017 11:35

 

O menino fazia aniversário e os seus pais organizaram uma festinha, convidando os amiguinhos dele para participação.

Terminado o folguedo, a criança que completava cinco aninhos, disse ao pai que tinha engolido um botão.

A família bastante desesperada procurava cuidar do pequeno Miguel, apertando a sua barriguinha, perguntando a ele se doía às apalpadelas.

 

 

Ele, sem cerimônia, respondia que não sentia nenhuma dor naquele local.

Uma tia, procurando resolver o problema do momento, dizia que para melhorar ele tinha que tomar água com açúcar ou com bicarbonato, sempre fazendo gargarejo.

A mãe verificando a camisa do menino, notou que faltava um botão na blusa do seu pijama.

O tamanho do botão era mais do que médio, circunstância que deixava todos mais preocupados.

A mãe, a seguir, reuniu todos no quarto, rezando um terço para um santo protetor das crianças.

A avó, que já tinha abandonado o seu bordado de uma toalha para a mesa central, resmungava temendo pela sorte do seu neto.

Depois de muitas conversas e sugestões, os pais resolveram levar o pequeno Miguel para um pronto socorro, que ficava a três quadras dali.

Tirada a radiografia, o médico dizia que não havia nada de estranho no estômago e nos intestinos daquela esperta criança.

Esta, enfiando a sua mão no bolso da calça que vestia, tirando dali o tão esperado botão, dizia:

- Pai, com o purgante que minha mãe me deu ontem, logo eu “cagüi” o botão, exibindo a peça do pijama para todos.    

 

JARBAS MIGUEL TORTORELLO