O MOTORISTA DO ÔNIBUS
Aquele aperto de mãos não era mais de um simples cumprimento.
Ele, um humilde motorista de uma empresa que pertencia ao pai dela, um importante cafeicultor e dono de uma frota de ônibus que servia a população daquela cidade.
Ambos trocavam olhares que não eram mais de amizade, significando muito mais.
Ele não acreditava que ela poderia ter se apaixonado por ele.
Ela, ao contrário, já sabia perfeitamente para onde dirigir o seu coração.
A mãe da moça já desconfiará pelas reações de ambos, que tudo aquilo já passava de uma singela amizade, significando muito mais.
O motorista, em sua simplicidade, não sabia como declarar-se para ela.
Recebera, até então um simples carinho nas mãos, faltando somente para tudo se concretizar a provação do pai de Cristina.
A mãe dela incumbiu-se de dar a boa nova ao marido.
Ele não ficou triste, afirmando somente que ela já tinha idade suficiente para decidir a respeito do seu futuro.
Do namoro ao noivado foi passo, trocando as alianças, sendo o casamento anunciado.
Os colegas do motorista, como eram muitos, receberam a notícia com bastante alegria, comparecendo todos ao casamento.
Sérgio era nome desse motorista, passando, daí para frente, a ajudar na administração da empresa, uma vez que tinha bastante experiência naquele ramo.
O casamento foi realizado com a presença da Orquestra Nelson de Tupã, não faltando também um show realizado por Agnaldo Rayol, seguindo-se a um jantar dançante.
O casal, daí em diante, passou a viver muito bem, principalmente com a chegada dos filhos, revelando-se Sérgio um ótimo administrador, sempre auxiliando da melhor maneira possível o seu sogro, na administração do conglomerado de empresas.
JARBAS MIGUEL TORTORELLO