TRABALHOS MANUAIS
Um aluno da então existente primeira série ginasial, com quase doze anos de idade, resolveu por conta própria, embora bem preparado, não levar muito a sério a disciplina existente na época de Trabalhos Manuais.
Evidente que o seu raciocínio estava errado, uma vez que na Estrutura do Ensino Secundário, implantada pelo Decreto-Lei número 4.244/1942, essa matéria era considerada obrigatória pela sua importância.
Esse ensinamento constante do currículo proporcionava ao educando, além do convívio do trabalho com o professor, colegas e a própria sociedade, uma melhoria da saúde mental, aliada a um preparo adequado para enfrentar os problemas do cotidiano.
Os trabalhos artesanais dependendo de linhas, agulhas, tesourinhas, tecidos, tintas, barbantes, papeis, papelões, colas, pinceis, serras, serrinhas, pregos, argolas, madeiras e outros materiais, todos feitos com habilidade das mãos, costumavam ser chamados de manuais.
Esse tipos de trabalho, coroado pela especificidade e desenvolvido pela aplicação e dedicação da pessoa, deixava de lado a tecnologia e massificação da máquina.
A disciplina em foco também poder ser aplicada com finalidade terapêuticas, tida também como essencial aos portadores do espírito dinâmico, empreendorista e imaginativo.
Sem razão, pois, aquele jovem que pretendia não dar a devida atenção para essa disciplina, uma vez que o ensino de Trabalhos Manuais, sem dúvida alguma, faz parte do desenvolvimento do temperamento, do caráter e da personalidade de um adolescente, plasmando as suas formações motoras, morais, intelectuais e espirituais.
Atualmente, no ensino fundamental, os Trabalhos Manuais estão enquadrados na categoria de Arte, referindo-se as linguagens artísticas, como as artes visuais, a música, o teatro e a dança.
A Arte é de importância na formação das crianças e dos jovens, sendo incluída no currículo obrigatório da educação básica, despertando na juventude o espírito de união, companheirismo, cooperação, colaboração, autonomia e auto-estima.
JARBAS MIGUEL TORTORELLO